O mundo caminha a passos largos para uma nova era – a era dos dados e das mídias sociais. Só no Brasil, há mais 130 milhões de usuários no Facebook, gerando um volume de dados enorme sobre suas preferências, opiniões, localização, consumo, relações sociais e etc. Essas ferramentas têm provocado diversas mudanças no comportamento sociais e nos seus processos associados.
Mobilizações sociais de grandes proporções, tais como greves, protestos e panelaços, têm sido organizadas através de mídias sociais. O domínio do uso destas tecnologias se tornou chave para organizações políticas, empresas, grupos de interesse civil, etc. Resultados de eleições e referendos no mundo inteiro têm sido influenciados por novos meios de organização social através das redes. Vitórias eleitorais, tais como a do Brexit, de Trump e Bolsonaro, mostram claramente o poder oriundo das mídias sociais. Neste contexto, extrair, coletar e analisar dados públicos de mídias sociais com o objetivo de se entender melhor estes novos fenômenos sociais tornou-se objeto de pesquisa em diversos centros de pesquisa no mundo.
A aplicação de metodologias, métodos, técnicas e ferramentas de dados analíticos em dados de mídias sociais possui grande potencial de benefícios para a sociedade sob diversos pontos de vista. A partir de modelos de dados analíticos (analytics) é possível obter modelos sobre o funcionamento da sociedade, permitindo automatizar processos, oferecer maior transparência, criar mecanismos mais efetivos de cidadania, combater crimes, levantar hipóteses e criar conhecimento sobre fenômenos sociais, etc.